Nesta semana, o negociador nuclear iraniano Saeed Jalili anunciou que haverá continuação nas negociações entre o Irã e potências mundiais sobre o programa nuclear de Teerã.
O Irã tem aumentado substancialmente sua produção de urânio de baixo enriquecimento e o volume total produzido nos últimos cinco anos seria suficiente para pelo menos cinco armas nucleares se o produto for mais refinado, informou uma ONG norte-americano.
Durante conversas em Bagdá esta semana, seis potências mundiais não conseguiram convencer o Irã em reduzir seu programa de enriquecimento de urânio.
O relatório de sexta-feira da Agência Internacional de Energia Atômica, um órgão da ONU sediado em Viena, mostrou que o Irã está levando adiante a atividade de enriquecimento de urânio em detrimento das resoluções das Nações Unidas pedindo que os trabalhos fossem suspensos.
Ele mostra que o Irã produziu quase 6,2 toneladas de urânio enriquecido num nível de 3,5% desde que a atividade foi iniciada em 2007 - parte do volume foi posteriormente processado em material mais enriquecido.
Isso é quase 750 quilos mais do que apontava o relatório anterior da agência, publicado em fevereiro, e o ISIS afirmou que a produção mensal do país aumentou em praticamente um terço.
"Esse volume total de hexafluoreto de urânio enriquecido em 3,5%, se refinado mais além para um nível de arma, é suficiente para fazer mais de cinco armas nucleares", disse o ISIS em sua análise.
O instituto acrescentou, contudo, que uma parte do urânio de grau mais alto havia sido convertido para combustível de reatores e que não estaria disponível para a produção de armas nucleares -- pelo menos, não rapidamente.
Urânio enriquecido pode ser usado para alimentar usinas geradoras de energia, que é o motivo alegado pelo Irã para o seu programa, ou para fornecer material para bombas se refinado num grau bem mais alto.
Os países ocidentais suspeitam que este possa ser o objetivo final do Irã embora o país tenha negado.
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