sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

AL - Mundaú, um sonho ameaçado.


O cenário da Lagoa de Mundaú, que enfeita sete municípios de Alagoas, é deslumbrante. Mas, se o olhar não é atento, não se percebe que em quase toda a sua área de 27km² um processo constante de degradação ambiental, detectado há quase 30 anos, ameaça a riqueza desse verdadeiro monumento ambiental do estado, que não só tem importância turística, mas garante o sustento de mais de 12 mil pessoas que vivem direta ou indiretamente da pesca cada vez mais restrita pela redução dos cardumes afetados pela poluição determinada pela ocupação urbana sem controle.

Estudos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas mostram que os mais graves problemas decorrem da poluição hídrica (esgotos domésticos e despejos industriais); contaminação do solo e do lençol freático; assoreamento acelerado da lagoa com deposição de sedimentos; queima, corte e aterro de manguezais; ocupação das encostas dos tabuleiros; redução dos estoques e contaminação dos pescados; parcelamento inadequado do solo e construções impróprias na orla lagunar; e deterioração do patrimônio cultural.

Ao redor da lagoa, outras ameaças: atividade canavieira, indústrias produtoras de açúcar e álcool, pecuária extensiva; matadouros, fábrica de fertilizantes, pedreiras e cerâmicas. Essas agressões vêm se acentuando, a ponto de, mais recentemente, voltarem a ocorrer mortandades de peixes devido à redução do oxigênio na água devido à poluição. 

A salvação do complexo lagunar no entorno de Maceió, no entanto, pode estar na determinação da ANA – Agência Nacional de Águas, que preparou um Plano de Ações e Gestão Integrada do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú – Manguaba.

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