OGM é a sigla de Organismos Geneticamente Modificados, organismos manipulados geneticamente de modo a favorecer características desejadas, como a cor, tamanho, etc. Os OGMs possuem alteração em trechos do genoma realizadas através da tecnologia do RNA/DNA recombinante ou engenharia genética.
O trigo HB4 será inicialmente produzido na Argentina, caso o Brasil se torne seu comprador. As sementes foram geneticamente modificadas para que sejam resistentes à seca, segundo seus criadores.
O problema é que ele é igualmente receptivo ao glufosinato de amônio, um agrotóxico 15 vezes mais tóxico do que o glifosato, proibido na União Europeia por ser bastante nocivo à saúde e muito consumido por aqui. As substâncias podem causar danos genéticos e levar até a mutações das células.
O órgão responsável por acolher ou não o estrangeiro polêmico é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, CTNBio, que integra o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, MCTIC.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Trigo, Sinditrigo, no ano passado, 74% do trigo importado pelo Brasil partiu da Argentina. Portanto, caso a decisão seja favorável ao novo alimento, os produtos feitos com ele estarão em boa parte dos lares do País.
A criação do novo trigo foi aprovada na Argentina em outubro do ano passado, mas a sua produção e comercialização estão condicionadas à aprovação brasileira, que irá comprar a maior parte das sementes. Caso a resposta seja favorável, também irá liberar sua comercialização para outros países, como a Indonésia.
O HB4 logo encontrou resistência de ambientalistas, representantes da indústria local de alimentos e da população, que se uniram por meio da Campanha “Con Nuestro Pan No!”.
https://contraosagrotoxicos.org/trigo-transgenico-no-nosso-pao-nao/
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